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ROCK | 2011 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
![]() Acidente 2011: Zeca Pereira, Scubi Jenné, Guto Rolim e Paulo Malária ![]() Existiram duas bandas com o mesmo nome Acidente, diferentes em época e estilo, sem nada em comum exceto o nome e o produtor / tecladista. O segundo Acidente, criado em 1989, tinha uma proposta basicamente instrumental, com influências progressivas, e seu trabalho está bem documentado em CD, tal como a fusão que se seguiu a partir de 2003, com velhos e novos integrantes mantendo viva a chama através de lançamentos esporádicos. Entretanto, o Acidente original, o primeiro e único “Old Aça”, permanecia restrito a antigos vinis - até agora, quando se comemoram 30 anos do primeiro LP do grupo, “Guerra Civil”. Duas bandas de garagem (“conjuntos”, como se dizia na época) deram origem ao Acidente. Na "Banda Só Por Uma Noite", formada em 1974, tocavam Guto Rolim, Zeca Pereira e Paulo Malária, fazendo uma mistura de rock básico, baladas e temas difíceis de rotular. Entrementes, Helio “Scubi” Jenné e Raul Branco fabricavam suas óperas-rock setentistas (que nunca vieram a público) sob o nome de Leviathan. Do encontro entre Scubi, Raul e Mala na Escola de Comunicação da UFRJ, em 1977, surgiu o efêmero Os Alegres Compadres de Windsor e, no ano seguinte, o Acidente enfim estreou num conturbado festival universitário em recinto nobre, onde não faltou nenhum ingrediente: gritos, tumulto, insultos, vômito. Estava oficialmente inaugurado o Acidente com sua proposta que se alterou substancialmente ao longo dos anos, da mesma forma que seus membros. ![]() ![]() ![]() Com seu album nas mãos, os membros do Acidente, investidos da função extra de divulgadores, descobriram a realidade: as portas da mídia, impressa e sonora, estavam fechadas para independentes. Quase cada segundo ou milímetro tinha preço, e já estava tudo loteado (nem iríamos pagar...). “Guerra Civil” enfrentou o completo desconhecimento e quase foi queimado em praça pública como protesto, até que um programa (“Poeira e Country”) de uma rádio carioca de grande audiência (98 FM) se encantou pela faixa “O Vaqueiro e a Debutante” e começou a executá-la diariamente, inclusive colocando-a várias vezes no 1° lugar. Isto foi no verão de 1981 para 1982. ![]() Como algo tinha que ter dado muito errado (ou você não estaria agora lendo o encarte de um modesto disco independente), naquele exato instante, enquanto trocentos neófitos espoucavam, o Aça estava desmobilizado e assim ficou durante preciosos meses. Parafraseando um então candidato a governador, o cavalo passou encilhado uma única vez e o Acidente não o montou. ![]() Nessa nova pátria do Rock, o Acidente se reestruturou e retornou aos palcos com formação modificada, mas encontrando tempos ainda mais bicudos para independentes. O pop-rock nacional tinha se tornado um negócio muito rentável, feudo para poucos lordes. Quando em meados de 1983 a banda voltou a entrar em estúdio para gravar o 2° LP, “Fim do Mundo” (que ia se chamar “Luta Armada” e acabou inadvertidamente epônimo de outro grupo), o lineup já era o básico de sempre: Mala, Zeca, Guto, Scubi. A repercussão foi a esperada: uma pedra jogada num lago... seco. Agora, até quem fizera fama dando espaço a indies já tinha entrado na grande dança. Fazer o quê? Vida que segue. O CD (na época, compacto duplo) “Piolho”, de 1985, veio confirmar que o Acidente tinha sido mesmo uma grande ideia - mas para outros se darem bem. Mais alguns músicos passaram pela banda, que num clima de crescente desânimo ainda se apresentou aqui e ali, até que em 1987 bateu-se o martelo: o momento do Acidente – deste Acidente – “had run its course”. A essa altura, o “rock brasil” já era um cenário drasticamente diverso daquele que bem antes motivara jovens músicos a montarem seus “conjuntos”, e nem se imaginava que um dia o resgate daqules registros insolentes despertasse interesse, como o prova o fato de você estar com este CD. |
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