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Apresentação do CD - Músicas + Slideshows - Artigo do Arthur Dapieve - Convidados - Encarte - Créditos |
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ninguém
pediu
![]() ZUNGA EZZAET – guitarras, baixo, programação de bateria, backing vocals PAULO MALÁRIA – teclados, voz (exceto *) e backing vocals HELIO JENNÉ – voz (*1, 8, 15, 19) e backing vocals Convidados: KELCE MORAES – vocais (3, 13, 22) ROGER GAITA – gaita (8, 16) |
2014
![]() Este
não é um álbum "Indie"
mas um disco realmente independente! Acidente
não tem nenhum agente ou representante na
época deste lançamento. Todos os contatos
diretamente com a produção. O Acidente não
se apresenta ao vivo exceto em raríssima
exceções que jamais ocorrem.
paulomalaria@acidente.ac zungaezzaet@hotmail.com heliojenne@acidente.ac stolenrecords@acidente.ac |
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"Antes da explosão" Artigo de Arthur Dapieve Como publicado in O Globo, em 5 de agosto de 2011 Ilustração: Cláudio Duarte ![]() No começo dos anos 1980, vivíamos, nós, roqueiros por formação, à espera de um Messias, alguém que naturalizasse o rock como forma de expressão jovem e urbana no Brasil. Antes, tivéramos Rita e Raul, claro, mas eles eram únicos. Mais recentemente, tínhamos tido Gang 90 & As Absurdettes, de Julio Barroso, que, aliás, era outro que escrevia na "Som Três". Não havia sido o bastante para formar uma massa crítica, não ainda, não antes da explosão da Blitz, em meados de 1982. Estávamos órfãos. A música popular brasileira da época não nos dizia muita coisa, preocupada que estava em driblar a Censura Federal com metáforas cada vez mais herméticas ou em apenas se autocongratular. De vez em quando até ouvíamos coisas muito legais, que certamente não ignoravam que no vasto mundo lá fora havia o tal do Roquenroll: Novos Baianos, A Cor do Som, 14-Bis, Kleiton e Kledir. No entanto, elas estavam mais próximas da "linha evolutiva" das músicas baiana, mineira ou gaúcha do que do rock. Nesse contexto de alta ansiedade, a "Som Três" de janeiro de 1982 trazia mais uma resenha da Ana Maria Bahiana, dedicada ao LP de um quinteto de rock chamado Acidente. No texto, ela se lembrava que seu líder - um cara que atendia por Paulo Malária e, só por isso, já atiçava minha curiosidade punk - costumava passar na redação do "Jornal da Música" e fazer comentários ácidos sobre a forma física dela, Ana Maria. A crítica não foi vingativa. Ao contrário, foi um alento para banda e leitores. Naquele estilo muito próprio, Ana Maria tentava imaginar o que se passava na cabeça do pessoal do Acidente para lançar, em junho do ano anterior, um LP petulante como aquele "Guerra Civil". Ela escreveu: "Olha, foda-se a MPB, nós gostamos mesmo é de rock'n'roll, nós só ouvimos rock'n'roll a vida toda, então é isso que sabemos e queremos fazer". Nem era preciso elogiar mais (e Ana Maria elogiava) para fazer um menor de idade copacabanense sair à cata do primeiro LP independente do rock carioca. Tenho-o ainda hoje. Por isso, fiquei feliz ao descobrir que, em comemoração ao aniversário de 30 anos, ele está saindo pela Stolen Records junto com o segundo LP, "Fim do Mundo" (1983), e o EP "Piolho" (1985). Os três reunidos num CD batizado "Rock", singelamente. "Piolho" inclui a profética "Camarada Mao": "A China se tornou capitalista/ com ganas de ser logo a primeira da lista/ O chinês agora/ É consumidor/ Ar-condicionado, geladeira, fogão/ Já era o comissário do povo/ A onda agora é patrão." "Guerra Civil", o LP pioneiro, ainda não era a senha para a chegada do Messias roqueiro. Porém, como a Ana Maria tinha sacado, ele era tocado com tal convicção que isso nem tinha lá tanta importância. Ninguém naquele tempo - ou, pensando bem, em qualquer outro - tinha a cara de pau de fazer uma música chamada "O Assassinato de Trotsky". Apesar do sarcasmo e olho feroz na política, o Acidente não era punk, musicalmente. Fazia era uma salada de subgêneros do rock, mais blues e country, com ecos de Raul, Mutantes, Sá & Guarabira. Um elo perdido entre o "antes" e o "depois". No CD que teve de ser tirado diretamente das imperfeições de um LP, é tocante como Malária (voz e teclados), Helio Jenné (voz e violão), Fernando Sá (guitarras), Guto Rolim (baixo), Zeca Pereira (bateria) e convidados dizem coisas como "Quem os deuses querem destruir primeiro/ Enlouquecem com o veneno da ciência/ e a paranóia" ("Loucos") ou "Sei que sou melhor do que vocês/ Só não quero que me chamem defensor da causa pública/ Se eu pudesse eu lhes faria sofrer" ("Eu ainda amo vocês"). Nos bares do circuito roqueiro do Rio no início dos anos 1980, como o Western ou o Emoções Baratas, o Acidente fazia apresentações provocativas difíceis de sequer se imaginar numa época em que o grande público é tão adulado. O botafoguense Malária anunciava com antecedência que iria queimar uma camisa do Flamengo, semprte salva na hora H por outro membro da banda. Akiás, você lembra de ter visto há pouco tempo, nos telejornais esportivos, um sujeito de óculos tocando uma escaleta na arquibancada de São Januário, em protesto contra alguma má fase do Botafogo? Malária. Malária, ou melhor, Paulo Izecksohn, felizmente mantém suas paixões. Graças a ele, um Acidente continua na ativa, como grupo de rock progressivo, subgênero que já estava lá nos sulcos de "Guerra Civil". A propósito, o bom "Gloomland" de 1994, plena fase prog, está sendo relançado em CD com faixas-bônus. Dá para os menores de idade de hoje terem uma ideia de como fazer rock no Brasil já foi um negócio bem perigoso. ***** Dois sinais de que o Brasil está ficando menos inteligente. O fim do programa de entrevistas "FrenteVerso", de Marcos Lacerda, na Inconfidência FM, de Belo Horizonte. E a censura insuflada pelo DEM a "A Serbian fil", de Srdjan Spasojevic. E-mail: dapieve@globo.com.br |
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Acidente 2014 na noite do Rio: Paulo Malária, Zunga Ezzaet e Scubi Jenné O ACIDENTE estava longe no tempo e no espaço,
perdido num mundo de sonhos, quando o
jornalista Arthur Dapieve publicou em 5-8-2011
uma crônica de meia página intitulada "Antes
da explosão" no jornal de maior circulação do
Rio, o último espaço onde as grandes
gravadoras, editoras e empresários quereriam
ver qualquer menção a uma desconhecida banda
independente do passado remoto, que sumira sem
deixar lembranças.
O consagrado colunista dedicou seu lidíssimo
espaço semanal para comentar o nosso humilde
album "Rock". Era o relançamento em CD dos 3
vinis que o ACIDENTE havia gravado na década
de 80 e, embora nada mais tenha acontecido com
o disco (você o ouviu uma única vez que fosse
no rádio?), as poderosas palavras do Dapieve
bastaram para nos indicar o caminho:
continuar. Meter o pé de novo na estrada,
aliás, no estúdio. Seguiram-se 2 álbuns de
repertório inédito muito diferentes em estilo
e proposta: "Ainda" (2012), com um pezinho no
hard e outro no progressivo, e agora este
"Ninguém Pediu", que envereda por outras
praias e certas vezes (nem sempre) faz lembrar
exatamente o clima e os tempos do "Rock".
Muitos músicos que participaram dos discos
anteriores do Aça não estão presentes (quem
sabe um dia?), mas o trio remanescente
representa com absoluta propriedade todas as
tão distintas fases anteriores do ACIDENTE
desde sua fundação em 1978, com participações
especiais igualmente dignas de crédito.
Por isso, grande Dapi, mais uma vez nos desculpe por ter faltado o agradecimento no encarte do "AInda", mas há males que vêm pra bem, porque é aqui no "NInguém Pediu" que você e todos os que o escutarem encontrarão mais daquilo que o ACIDENTE poderia ter gravado naquele campo minado do "BRock" e até antes disso, já que em boa parte do novo album demos um mergulho demorado nos anos 70 para refrescar nossos espíritos cansados dessa longa batalha que nunca termina. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Músicas e Videos
1 - A ÚLTIMA GERAÇÃO DE INCOMPETENTES 2’50" (Helio Jenné - Raul Branco) BR-PIZ-13-00001 2 - POR QUEM OS SINOS DOBRAM 3’35" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00002 3 - POR NÓS 3’31" (Helio Jenné - Nina Victor - Leandro Brasil) Vocais: KELCE MORAES BR-PIZ-13-00003 4 - ONTEM FOI DIA DE ROCK 3’31" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00004 5 - IT`S SO COMPLETED TO ME 2’51" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00005 6 - DISCURSO DO EXMO. 1’47" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00006 7 - ROCK RURAL 3’51" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00007 8 - FLAUTA CHACAL 3’20" (José Carlos Teixeira) Gaita:ROGER GAITA BR-PIZ-13-00008 9 - LEAVIN' HOME 2’25" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00009 10 - DE TEMPOS E COSTUMES 1’42" (Zeca Pereira) BR-PIZ-13-00010 11 - AVE DO PARAÍSO 2’16" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00011 12 - AS EMOÇÕES IMORREDOURAS DO ROCK’N’ROLL (Tribute to Chuck Berry’s "Johnny B. Goodie") 1’46" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00012 13 - SOL E LUA 2’45" (Helio Jenné - Nina Victor - Leandro Brasil) Vocais: KELCE MORAES BR-PIZ-13-00013 14 - DOWN BY THE HIGHWAY 3’20" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00014 15 - POBRE MANGUE 3’13" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00015 16 - HORA DO SHOW 2’14" (Helio Jenné - Raul Branco) Gaita: ROGER GAITA BR-PIZ-13-00016 17 - EU NÃO TINHA NADA PRA FAZER 2’29" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00017 18 - A LENDA DO COELHINHO 2’44" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00018 19 - MORCEGOS VERMELHOS 3’35" (José Carlos Teixeira) BR-PIZ-13-00019 20 - METAMORFOSE 2’13" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00020 21 - ODE A MIM 3’12" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00021 22 - CONFESSIONAL 3’59" (Helio Jenné - Nina Victor - Leandro Brasil) Vocais: KELCE MORAES BR-PIZ-13-00022 23 - PÃO E SOPA 2’13" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00023 24 - (VOCÊ ANDOU) FUMANDO MACONHA 2’13" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00024 25 - VOCÊ NÃO VAI 4’2" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00025 26 - LOUCOS 2’52" (Paulo Malária) BR-PIZ-13-00026 | ![]() ACIDENTE 2014 é Paulo Malária, Zunga Ezzaet e Scubi Jenné | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Encarte Páginas 8 e 1
![]() Páginas 2 e 3 ![]() Páginas 4 e 5 ![]() Páginas 6 e 7 ![]() CLIQUE AQUI para fazer download do folheto zipado | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A Última Geração de Incompetentes Helio Jenné / Raul Branco A primeira coisa a fazer O primeiro passo a dar É realmente possuir o amor dentro de nós Às vezes eu fico pensando Se vale a pena ou não Construir um oásis No meio de um pantanal Amigo você não sabia, a esperança foi brutalmente assassinada Pela última geração de incompetentes A primeira coisa a fazer O primeiro passo a dar É realmente possuir o amor dentro de nós Amigo você não sabia, a esperança foi brutalmente assassinada Pela última geração de incompetentes incompetentes incompetentes incompetentes ![]() | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Por quem Os Sinos Dobram Paulo Malária Não é verdade que eu nunca tenha estado aqui Conheço este lugar da outra vez em que nasci Agora eu sei por quem os sinos dobram Agora eu sei que eles dobram por mim São sete séculos de espera e agonia São sete vidas procurando isso aqui Cruzei fronteiras, cordilheiras, oceanos, Cruzei o mundo numa busca sem fim E aonde eu ia quanto mais eu me perdia Mas algo me fazia não desistir Agora eu sei por quem os sinos dobram Agora eu sei que eles dobram por mim Primeiro eu fui onde inventavam maravilhas E muito vi porém sem tanta magia Depois voei mais longe até a verde ilha E me encantei, mas ainda não bastaria Cheguei a meditar sobre o que Dom João dizia Que só em mim é que eu me encontraria Mas persisti rodando o mundo até que um dia Na mais distante terra que me queria Não é verdade que eu nunca tenha estado aqui Conheço este lugar da outra vez em que nasci Agora eu sei por quem os sinos dobram Agora eu sei que eles dobram por mim ![]() |
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Por Nós Helio Jenné / Nina Victor / Leandro 'Kiazer' Brasil Que o encanto Não se quebre Que se conserve E nos anoiteça Nos atordoe Nos enterneça Nos depure, nos misture e por fim Nos enlouqueça de amor Até que o dia amanheça Até que o dia amanheça (solo) Que o encanto Não se quebre Que se conserve E nos anoiteça Nos atordoe Nos enterneça Nos depure, nos misture e por fim Nos enlouqueça de amor Até que o dia amanheça Até que o dia amanheça ![]() |
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Ontem Foi Dia de Rock Paulo Malária Ontem Foi Dia de Rock eu me lembro muito bem Todos que estavam comigo vão sempre lembrar também O rock era o som e a luz dos nossos caminhos Muito mais do que uma tela pode mostrar O tempo passou lentamente, mas muito tempo passou As coisas mudaram aos poucos, até que tudo mudou Moro num tempo emprestado, não me reconheço em quem sou E hoje não é mais dia de rock and roll E a vida vai em frente Somos sobreviventes de uma era que passou Temos na memória um mundo inteiro que acabou E que insistimos em continuar Ontem Foi Dia de Rock Dias de paz e amor Se ontem não era o seu dia Procure no computador Venha viver esse sonho Porque só ele é real Nada do que veio depois será igual E a estrada vai em frente Somos resistente3s nada vai nos derrubar Temos um legado que não vai se apagar E que não tem mais nada Nem nunca vai ter nada Nada que ocupe o seu lugar Ontem Foi Dia de Rock Dia de rock & Roll yeah Ontem Foi Dia de Rock Dia de rock & Roll Yeah yeah yeah Ontem Foi Dia de Rock Dia de rock & Roll yeah Ontem Foi Dia de Rock Dia de rock & Roll ![]() |
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It's So Completed to Me Paulo Malária All my comrades They protect me And as life goes Our strenght grows I feel so safe Here in Pyongyang Where everything Is so clean Quiet and fun It's so completed to me How could someone ask for more It's so completed to me I won't ever have to go abroad Our strenght grows, yeah, yeah I feel so safe In the streets of my Pyongyang Where everything Is so calm Silent and fun It's so completed to me Good life to enjoy and to share It's so completed to me I'll never know Don't need to know Don't want to know What's out there Lyrics in Korean 그것은 내게 너무 완벽의 내 모든 동지 그들은 나를 보호 그리고 생활은 간다 우리의 용기와는 증가 나는 평양에서 여기에서 매우 안심 경우 모든 너무 깨끗 조용하고 재미 그것은 내게 너무 완벽의 어떻게 사람이 이상을 요구 수 그것은 내게 너무 완벽의 내가 지금까지 외국에서 할 필요가 없습니다 (솔로) 우리 여왕 님은 그래, 그래, 성장 내 평양의 거리에서 그렇게 안심 경우 모든 그래서 평온 조용하고 재미 그것은 내게 너무 완벽의 향유하고 공유하는 좋은 생활 그것은 내게 너무 완벽의 나는 결코 알지 못할 것이다 알 필요가 없습니다 알고 싶지 않아 어떻게 거기 밖으로! ![]() |
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Discurso do Exmº Paulo Malária Bem-vindos ao Brasil Grande! Aqui, no início dos anos 70, sob o comando dos melhores, mais honrados e mais aptos a dirigir a Nação, vocês encontrarão um refúgio seguro contra a Aids, a internet e outras epidemias do futuro. Basta seguir algumas regras simples: é proibido falar a palavra "ditadura"; também é proibida a palavra "liberdade", por isso proibimos o Hino da República; é proibido falar mal do governo; é proibido falar mal; é proibido falar. Trabalhador é para trabalhar, estudante é para estudar, militar é para prender, bater, matar, pegar 200 bilhões de dólares nos bancos estrangeiros e deixar a conta para o civil pagar. Agora, se vocês são músicos, não têm talento para a caserna, se não sabem nem bater uma reles continência, sua obrigação é fazer música para engrupir o populacho. Lembrem-se de respeitar todas as proibições e de resto vocês são inteiramente livres. Façam músicas sobre o amor! O amor é tão lindo! Se ficarem com vergonha de falar de amor numa hora dessas, cantem em inglês! Mas se tiverem escrúpulos demais até para isso, então... então louvem a nossa terra. O chão infinito do nosso Brasil. Vamos, cantem! ![]() |
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Rock Rural Paulo Malária Vacas Mugem na estrada Eu Dei uma cagada Vou dizer que foi as vacas Vou dizer que não fui eu Vou dizer que essa cagada É espacial E do céu desceu Desceu lá de Brasília Do presidente-general O meu Brasil, que maravilha Minha terra tem quadrilha E também tem rock rural Rock rural Rock rural Rock rural Rock rural Pois se eu não posso falar nada Nesse cruel 72 Cocô na estrada vira assunto E vamo todo mundo junto E o resto fica pra depois Quero Gritar "abaixo a ditadura" Mas não Vou dar esse mole pra censura Vou dizer que foi as vacas Vou dizer que não fui eu Vou dizer que esse meu grito Foi o berro de um cabrito Que coitado, já morreu Morreu lá no Planalto Torturado num quartel A sua carne foi comida Sua alma redimida E hoje bale lá no céu Bale rock rural Rock rural Rock rural Rock rural Pois se eu não posso fazer nada Nesse cruel 73 Eu mando um texto obscuro Saio ileso pro futuro E deixo a forra pra vocês Rock rural Rock rural Rock rural Rock rural ![]() |
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Flauta Chacal José Carlos Teixeira Como aquele bando de patos Que ontem passou por aqui Eu tenho a certeza que você Vai um dia parar para ouvir A minha flauta chacal A minha flauta chacal A minha flauta chacal, my baby A minha flauta chacal E o meu coração vai se transformar E voará pelo céu sob a forma de um gás Talvez você não saiba, Talvez até nem fale de amor Não tem importância meu bem, não faz mal Ainda tocarei a flauta chacal A minha flauta chacal A minha flauta chacal A minha flauta chacal, my baby A minha flauta chacal E a minha sombra então se cobrirá de paz E voará pelo céu sob a forma de um gás Talvez você não saiba, Talvez até nem fale de amor Não tem importância meu bem, não faz mal Ainda tocarei a flauta chacal A minha flauta chacal A minha flauta chacal A minha flauta chacal, my baby A minha flauta chacal ![]() |
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Leavin' Home Paulo Malária Leavin' home Oh, I'm leavin' home I thought was my home But now I just Don't know I don't know My future days But I want my inner peace Back to me Leavin' all I had Leavin' all I knew Leavin' all I used to need Beside me If someday I have to go back home If'll hurt but I'll have learned Something new Here I am, baby Just come on right now Here I am, baby And I think I don't know how Here I am, baby Just come on right now Here I am, baby And I think I don't know how Leavin' home (solo) Leavin' home Oh, I'm leavin' home I thought was my home But now I just Don't know If someday I have to go back home If'll hurt but I'll have learned Something new Leavin' home Leavin' home Leavin' home ![]() |
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De Tempos e Costumes Zeca Pereira As coisas estão indo de mal a pior Já não posso mais tomar meu sorvete Já não posso nem ouvir meu Rock and Roll Que ele chama cassetete Mas mesmo assim, Rock and Roll Mas mesmo assim, Rock and Roll! As coisas estão indo de mal a pior Já não entro mais em loja de disco Se eu não posso nem comprar um lixo Imagina se eu quiser um bom disco A estrada é longa Rock and Roll A estrada é longa Rock and Roll As coisas estão indo de mal a pior Já não posso nem ouvir meu Rock and Roll Mas mesmo assim, Rock and Roll ![]() |
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Ave do Paraíso Paulo Malária Hey bicho eu hoje estou tão lindo Me sinto um cabra forte Encaro a própria morte Hey bicho, o mundo é só um peso, A cruz que eu carrego Ontem eu era um mortal A rua estava cheia de gente assim Hoje, tornei-me um super louco Sou procurado e poucos pensam igual a mim Mas eu não quero saber quem eu sou Mas eu não quero saber quem eu sou Eu vou me fantasiar de ave do paraíso Eu vou me fantasiar de ave do paraíso E tudo isso aqui já não faz mais sentido ![]() | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
As Emoções Imorredouras do Rock and Roll Paulo Malária Nos tempos em que eu era um guri inocente A barra era limpa e a jovem guarda pra frente E a vida era doce pra quem fosse de uma gangue E não tivesse medo de perder uns litros de sangue Agora gente fina chama aquilo careta Tomava-se cuba, se andava de lambreta Mas chovia muita mina pra moçada very sexy De camisa Lacoste e no cabelo só Gumex Go go baby go, caçar submarino no Arpoador Go go, go baby go Atrás das ilusões de uma era boa que acabou Go go baby go, Você só curte o tempo quando o tempo já passou Baby, Baby, Ninguém mais vive de rock and roll Go go baby go, go go go baby go Caçar submarino no Arpoador Caçar submarino no Arpoador Caçar submarino no Arpoador Yeah yeah ![]() |
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Sol e Lua Helio Jenné/ Nina Victor/Leandro 'Kiazer' Brasil Intérprete: Kelce Moraes Quero-te sol na minha noite A me aquecer o corpo E a me marcar a pele Quero teus carinhos, Tuas impropriedades, Tuas virtudes e tuas Palavras Quero o teu silencio, Os teus barulhinhos, Teus sons e teus dons Quero-te sol no eclipse com minha lua Para que eu possa dizer sou tua ![]() |
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Down By the Highway Paulo Malária Nothing, nothing That's what you get by trying Harder, harder Still after all you're expecting Something, something Then one day someone tells you - Hey, don't feel this way Down by the highway Always a good reason to believe Down by the highway Always a good reason to believe How many times you long a new direction How may ways have been refused to you The roads you go on can be in your mind But all you search is out Down by the highway Always a good reason to believe Down by the highway Always a good reason to believe Down by the highway You'l keep satisfied Flowers and powers And ivory towers Over and over Higher and higher You'll find your way Living down by highway again ![]() |
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Pobre Mangue Paulo Malária Mande uma carta para mim de onde estiver E pergunte se algo mudou Eu lhe direi: - Lembra o Mangue? Pois é Lá não tem nada Não tem nada Tudo acabou Pobre Mangue Pobre Mangue Pobre Mangue Pobre Mangue Mande uma carta registrada, por favor Porque senão o correio vai dizer que extraviou E se esquecer de perguntar “o nosso Mangue, como está?” Não tem nada Não tem nada Mas tudo acabou Pobre Mangue Pobre Mangue Pobre Mangue Pobre Mangue E eu queria ter a Zona só pra mim Todas elas vestidas de azul E eu armado caminhava tão feliz A cada passo um abraço de uma nova meretriz (solo) Yeeh, Pobre Mangue Pobre Mangue (wah, haw) Pobre Mangue Yeeeh Yeee-heh ![]() |
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Hora do Show Helio Jenné/Raul Branco O show não tem hora, depende do vento As nuvens ciganas passeiam no azul Um barco navega com a vela gorda Está quase na hora do show começar O show não tem hora, depende do vento O sol vai embora sangrando um adeus O barco ainda vaga com a vela gorda Mas as nuvens ficam paradas no mesmo lugar E o homem que sabia Que o show nunca demora mais que um dia Se desdobra em procurar uma razão Ele sabia do show e ficou pra ver, e ficou pra ver. O show não tem hora, depende do vento O sol vai embora sangrando um adeus O barco ainda vaga com a vela gorda Mas as nuvens ficam paradas no mesmo lugar ![]() |
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Eu Não Tinha Nada Pra Fazer Paulo Malária Eu vi um negócio caindo do céu Era a cabeça do Rei de Israel Com trinta e três dentes e brinco anil Caiu a cabeça, do chão não passou Peguei a cabeça com ambas as mãos Levei pra cidade vender em leilão Chegando um escriba chorando pediu Eu quero a cabeça do Rei de Israel Me deram de troco Bulgária e canil Vendi a cabeça! Vendi a cabeça! ![]() |
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A Lenda do Coelhinho Paulo Malária Quem roubou meu coelho Animal estimado Por favor me adevorva Pois estou desolado Um coelho tão lindo Todo branco, de olho azul Vou querer meu coelho Senão eu vou tocar o maior rebu Quem robou meu coelho Digo muito obrigado. O coelho era podre Tava contaminado Mesmo assim poluído Quem roubou tá f-ferrado Vou querer meu coelho Nem que seja desossado. Fui pedra na outra geração Fui pedra na outra encarnação Fui pedra e fui pedra sabão Você já andou com eu na mão Servi minha nação Fui pedra na outra geração Quem roubou meu coelho ![]() |
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Morcegos Vermelhos José Carlos Teixeira Há uma coisa que você não sabe Uma notícia que o jornal não fabricou É que os morcegos vermelhos invadirão o mundo quando o sol se for Yeah yeah Há uma coisa que você não sabe Uma notícia que o jornal não fabricou É que os morcegos vermelhos invadirão o mundo quando o sol se for Yeah yeah Nascidos e criados nos subúrbios de um planeta young Nervosos revoltados eles só se alimentam de sange Destruirão a terra com suas pistolas atômicas, Neonicas, botânicas, tirânicas É que os morcegos vermelhos invadirão o mundo quando o sol se for Yeah yeah É que os morcegos vermelhos invadirão o mundo quando o sol se for (solo) Há uma coisa que você não sabe Uma notícia que o jornal não fabricou É que os morcegos vermelhos invadirão o mundo quando o sol se for Há uma coisa que você não sabe Uma notícia que o jornal não fabricou É que os morcegos vermelhos invadirão o mundo quando o sol se for Yeah yeah Yeah yeah yeah Yeah yeah yeah yeah! ![]() |
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Metamorfose Paulo Malária Três, dois, Um dia você acordou e viu que era uma barata E o sol brilhou pra anunciar A sua purificação Revertere ad locum tuum Revertere ad locum tuum, yeah Revertere ad locum tuum E a morte vai te achar feliz Do mal és livre antes do fim E os anjos vão tornar teu casco em ouro ![]() |
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Ode a Mim Paulo Malária Sempre quando acordo é como um renascer O mundo inteiro em mim Outra vez o sol vem pra se render Ao meu sagrado ser E é bom que seja asim E a chuva vai caindo mas não molha o meu pé Eu sei que ela me ama, eu sei que ela me quer E todo o universo pede em coro preu ficar Não vá, não me deixe só Não vá, não me deixe só solo E a chuva vai caindo mas não molha o meu pé Eu sei que ela me ama, eu sei que ela me quer E todo o universo pede em coro preu ficar Não vá, não me deixe só Não vá, não me deixe só Não vá, não me deixe só Não vá, não me deixe só (yeh) Não vá, não me deixe, não me deixe, não me deixe só... ![]() |
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Confessional Helio Jenné/Nina Victor/Leandro 'Kiazer' Brasil Não há certeza que me sossegue, Nem impasse que me impeça, Não tem jeito, tenho pressa E a mim só interessa Teu gosto, toque, presença Que me invada, que me renda E com o teu olhar me prenda Oh oh E paralise o instante E acelere o movimento Que conduz à devassa Que revela em semitom Tudo aquilo que se passa Quando você me atravessa, oh oh (solo) E paralise o instante E acelere o movimento Que conduz à devassa Que revela em semitom Tudo aquilo que se passa Quando você me atravessa com seu som, oh oh ![]() |
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Pão e Sopa Paulo Malária Seu Zé Mané quando sai de casa Uma bela meia água lá no Cabuçu Deixei quatorze corações à incerteza Se voltar tem pão na mesa, caso não é urubu Seu Zé Mané não se preocupa com a paupéria De quem não rouba grande e vem atrás Tem Dona Amélia e treze bocas pra criar E toda essa penúria é bom deixar pra lá E não olhar pra trás Manhã bem cedo mal o galo canta Que chavão antigo, Zé Mané levanta Que grande perigo, Zé Mané não pensa, Zé Mané trabalha Só trabalha e canta uma canção que fala da grandeza nacional E não olhar pra trás E não olhar pra trás E não olhar pra trás Seu Zé Mané também se canta em casa Hoje não bebi, não caí, não morri Voltei inteiro, escapei de outra Hoje o prato é sopa, pelo menos mal não faz E não olhar... ![]() |
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(Você Andou) Fumando Maconha Paulo Malária É tão bom acordar e ver você já em casa Tchu tchuru tchu tchu tchutchu tchu Mas espere, o seu cheiro não é normal, ah não Você andou fumando maconha It was seventy years ago today, Mas não na minha casa Eu não quero que isso se repita Não enquanto eu for vivo You can be satisfied, Mas arruinou minha alma Eu não quero perder a calma Ainda não acabou, Eu vou cortar sua mesada E não me peça mais nada Tchu tchuru tchu tchu tchutchu tchu Tchu tchuru tchu tchu tchutchu tchu Tchu tchuru tchu tchu tchutchu tchu Ahhh ahhh ![]() |
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Você Não Vai Paulo Malária Olhe para o mundo Como se nascesse agora E pergunte o que vai ser Lembre que a resposta Pode lhe decepcionar Mas não tem jeito - isso é você As palavras são pesadas Carregadas de rancor O futuro que lhe espera Não é nada promissor Você não vai Você não vai ser nada Não tem lugar Na elite pra você Você vai ser mais um ninguém na multidão Ralando pra sobreviver Pense agora então Há quanto tempo isso acontece E o que você fez pra mudar? Sua vida escorre pelo tempo E você acha inteligente Se conformar Quando enfim bate a revolta Já não tem pra onde ir Seu caminho está traçado E não passa disso aí Você não vai Não vai ter quase nada E o que tiver Não é você quem vai escolher Você vai ser um zero à esquerda E vai comprar o que quiserem lhe vender Faz de conta que você está tendo outra chance Tudo vai ser diferente dessa vez agora a coisa vai dar certo mas espere pois os fatos continuam sendo os mesmos e você ainda tem só você Você vai voltar pra terra com a sua resignação Esperou até o final e a resposta foi sempre Não! Você não vai ser nada Não tem lugar Na elite pra você Você vai ser mais um ninguém na multidão Ralando pra sobreviver Você não vai Não vai ter quase nada E o que tiver Não é você quem vai escolher Você vai ser um zero à esquerda E vai comprar o que empurrarem pra você Você não vai (Você não vai ter nada) Você não vai (Você não vai ter nada) Você não vai (Você não vai ser nada) Você não vai (Você não vai ter nada) Você não vai! ![]() |
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Loucos Paulo Malária Longe no tempo e no espaço Além da Terra e de Marte Um povo bravo e forte Encontrou a eternidade Mortos, irremediavelmente mortos Almas perdidas na orgia do ódio e do mal Hoje o que resta de tudo São asteróídes soltos no ar E assim também vamos nós aqui Criando as armas do final Loucos Repetindo a mesma história Estranhos somos nós Dançando em meio ao horror Quem os deuses querem destruir primeiro Enlouquecem com o veneno da ciência e a Paranóia, paranóia, paranóia ![]() |
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Créditos Gravado, mixado e masterizado em 2012-2013 por ZUNGA EZZAET no Estudio Pico do Ezzaet, Nilopolis - Nilopmusic Rules! Remasterizado em Jan 2014 por Everson Dias no Eversongs Design por Helio Jenné Fotos por Paula Delfino, Mala, Selma dos Santos e Otacílio Notas de capa por Sleeve Noter Acidente, Paulo Malaria e Stolen Records são marcas registradas. Todos os direitos fonográficos reservados ao produtor. Todos os direitos de publicação pertencem aos compositores. Vedada qualquer reproduçao sem autorização, etc. Agradecemos uma vez mais ao Marcelo Bacha Spindola (www.editioprinceps.com) pelo código de barras e ao Rodrigo Araujo pela imagem. Produzido por PAULO MALÁRIA para a STOLEN RECORDS (a Fake Enterprise) Produtor Executivo – Paulo Izecksohn |
![]() 'Ninguém Pediu' contracapa |
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